domingo, 24 de julho de 2011

Pola Oloixarac


Assisti outro dia uma entrevista da nova queridinha da literatura latino-americana, Pola Oloixarac. Afetada, marqueteira e pelo que vi, burra de dar dó, a moça capricha no visual e vem com um papinho que podemos encontrar facilmente em qualquer barzinho bicho grilo. A entrevista foi constrangedora tanto pela pose da escritora quanto pela atitude do entrevistador que escorria em superlativos ao falar de seu livro.

Entre um bloco de perguntas e respostas e outro, era lidos alguns trechos de "As teorias selvagens". A primeira coisa que me ocorreu foi: se esses são os pontos altos, imagina o que o resto me reserva.
Sem querer julgar rápido demais, fui à Livraria Cultura, peguei o livro e pedi um expresso duplo. Antes de o café me deixar com queimação no estômago, a prosa emPolada (sorry...) de "As teorias selvagens" fez o serviço.

Lugares comuns, caricaturas baratas dos "intelectuais" que aparecem em sua trama, tudo isso com cheiros de filosofia pop tornam o todo bastante enfadonho. A "espiada" que dei na sua obra já fez com que eu me sentisse totalmente liberado do "compromisso" de lê-la com maior atenção, até porque a lista de obras para serem lidas antes da mais nova candidata a queridinha dos suplementos de cultura dos jornais de grande circulação é extensa. Fiquei satisfeito ao ver que ao menos um crítico aponta, em seu comentário, para a mesma direção. Colo abaixo um pedaço do texto de Luciano Trigo sobre a Flip e, mais especificamente, sobre a "hermana".

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"Se no ano passado a cubanita Wendy Guerra foi apontada como sex symbol, em 2011 a musa anunciada foi a argentina Pola Oloixarac. No quesito sedução, cheia de olhares e bocas e pernas cruzadas e risinhos e da falsa timidez de quem se acha muito gostosa com seu batom vermelho e suas mechas, bem, dá para dizer que ela cumpriu seu papel. Mas ao abrir a boca, na mesa que dividiu com o angolano – este sim escritor, este sim cativante – Walter Hugo Mãe, Pola deixou a desejar. Incapaz de articular um pensamento completo, mas pretensiosa a ponto de citar Kant, com o olhar sempre em busca da câmera, ela parecia mais preocupada em ser vista nos telões por um bom ângulo do que em dizer coisas inteligentes. Pelo ângulo literário ela não se destacou. Se essa tendência continuar no ano que vem, melhor chamar logo a Larissa Riquelme." (http://g1.globo.com/platb/maquinadeescrever/2011/07/09/pilulas-sobre-a-flip/)

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Lembro-me de ter visto ela na página principal da FLIP no início deste ano entre as atrações principais, junto de nomes como Walter Hugo Mae e Joe Sacco. Quando chegou na livraria que eu trabalhava o dito "Teorias Selvagens" li a sinopse, algumas páginas r pensei: "Bela porcaria de prosa empolada", tal como tu também pensaste. Formalmente bobo e com um enredo para lá de desinteressante.

    Talvez tu aches isto que vou falar um pouco controverso, mas uma das primeiras coisas que faço quando vejo um livro de um autor contemporâneo é olhar a editora que está apostando em tal. A Benvirá, selo de obras de ficção do grupo Saraiva, não tem um leque bom de autores, o que já me indica que o editor tem um gosto atravessado.

    Vi várias críticas positivas a tal Pola e achei que estavam fazendo muito onda em cima de uma pirralha sem talento. Mas para a mídia ela é perfeita: uma bonitinha vendendo a imagem de intelectual.

    (um comentário boçal, sexista e desnecessário: ela até que dá um caldo, não?)

    Abraço!!!

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