quinta-feira, 29 de abril de 2010
Plágio não!
Nem só de bobagens vive a internet, isso já é sabido há muito tempo. No entanto, do alto de meu ceticismo, não podia imaginar que encontraria uma jóia rara como o blog “Não gosto de plágio”. Editado por Denise Bottmann, tradutora de obras e autores importantes como Marguerite Duras, Giulio Carlo Argan, Peter Gay, e poderíamos seguir muito adiante, pois a lista é longa, “Não gosto de plágio” é uma verdadeira trincheira aberta em defesa daqueles que gostam de literatura e de profissionais da área, como os tradutores.
Ali, corajosamente, são demonstradas a sinecura e a má-fé de diversas “editoras” como Martin Claret e outras tantas. São comparadas as edições atuais de obras clássicas, em geral com direitos vencidos, com as edições mais antigas. Cópias idênticas, sem cuidado algum, tradutores “laranja” e outras picaretagens que fariam Al Capone parecer um amador.
Imagino que o off do blog seja muito interessante. Editores desmascarados devem berrar, e muito. Mas seguramente Denise poderá contar com a classe política brasileira, que, pelo amor ao conhecimento que sempre alimentou, irá apoiar iniciativas como a sua com políticas públicas que punam os malandros e apoiem os justos...
De nossa parte, de todos, o que importa é divulgar esse extraordinário trabalho. Ver:
http://naogostodeplagio.blogspot.com/
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Comprei um pocket francês do Camus e fiquei pensando coisas não muito distantes do que tu falaste da Martin Claret. A qualidade física da obra e o preço que eu paguei por esse exemplar (pockets custando 2 euros!) me fizeram jurar que a partir de agora só compro pockets da Globo e da Companhia das Letras.
ResponderExcluirA propósito, é muito provável que tu já tenhas, mas tem edições pockets de Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451 que são bem simpáticas e possuem ótimo preço (em torno de 10 reais). Não são essas traduções chinelonas que desrespeitam o leitor e possuem um preço acessível para um desempregado como eu.
Abraço!
Nathaniel. Realmente, de livros da Martin Claret eu quero distância. Várias editoras entraram forte no mercado dos Pocket Books: a primeira de todas, L&PM, a Companhia das Letras, a Record (Best Bolso), timidamente a Globo, mais recentemente a Mercado Aberto e, me parece, a Objetiva. O formato não é determinante da qualidade ou da falta dela, os mercados francês, inglês, russo e alemão já o demonstraram há muito tempo colocando edições populares ao alcance do leitor. É preciso pesquisar um pouco antes de comprar.
ResponderExcluirAbraço
Éder
prezado eder: muitíssimo obrigada pela generosa avaliação do trabalho do nãogostodeplágio.
ResponderExcluirvc tem razão: no blog aparecem só uns 30% da trabalheira e, embora seja um trabalho basicamente individual, o off é bastante agitado ;-)
Cara Denise. O mínimo que posso fazer é me esforçar para divulgar teu trabalho! Reitero todos os elogios e os meus melhores votos de sucesso.
ResponderExcluirAbraço
Éder